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Rebalanceamento de Carteira - Método para saber quando a bolsa está barata

Está na hora de investir em ações?

Uma pergunta dessa não pode ter uma resposta simples… Será?

Devo adiantar que isso não é uma bala de prata e nem uma fórmula mágica, este é um método muito simples, mas que irá oferecer uma forma de balancear sua carteira de forma eficiente, comprando ações quando a bolsa cair e comprando renda fixa quando a bolsa subir.

Diversifique seu patrimônio de forma planejada

Devemos planejar nossos investimentos, para não sermos guiados apenas pelos nossos “feelings” (sentimentos) de mercado.

Podemos encontrar diversas estratégias:

 

  • 50% em Renda Fixa e 50% em Renda Variável

  • 30% em Fundos Imobiliários  + 30% em Ações + 40% em Renda Fixa

  • 5% em Criptomoedas + 50% em Ações + 45% em Renda Fixa

  • 25% em Ações de bancos + 25% em Ações de seguros + 50% em Renda Fixa

 

Essas são estratégias muito cruas, apenas para ilustrar algumas decisões, podemos incluir muitas variáveis nessas estratégias, relacionar com os Dividendos, Preço sobre Lucro (P/L), Preço sobre valor patrimonial e muito mais.

Temos muitas formas de diversificação, e quanto maior o seu patrimônio, mais eu recomendo que diversifique, mas inicialmente vamos pensar em uma situação simples:

Iremos investir em dois tipos de ativo: Renda Fixa e Renda Variável. 50% em cada, como no primeiro exemplo da lista de estratégias citada acima.

A cada mês iremos aportar um valor fixo buscando nivelar os investimentos para tentar sempre manter minha estratégia de ter 50% em Renda Fixa e 50% em Renda Variável.

Quando houverem quedas nas ações, meu percentual de Renda Variável irá diminuir, indicando assim que as ações em queda (baixa) merecem um aporte maior para eu voltar para a minha estratégia.

Assim como quando as ações se valorizarem, isso irá indicar que a bolsa está ficando mais cara e devo aportar na Renda Fixa para voltar a minha estratégia.

 

Veja um exemplo:

Investimento inicial: R$ 10.000,00

Investimento mensal: R$ 1.000,00

 

1º Mês - R$ 5.000,00 - Renda Fixa e R$ 5.000,00 - Renda Variável

Após o primeiro mês, se houvesse uma valorização de 10% nas ações, o valor inicial se tornaria R$5.500,00  e a Renda Fixa com rendimento anual, se manteria aos R$5.000,00.

 

2º Mês - R$ 5.500,00  + R$250,00 - Renda Fixa e R$ 5.000,00 + R$750,00 - Renda Variável

2º Mês - Total: R$ 5.750,00  Renda Fixa e Total: R$ 5.750,00 - Renda Variável

No segundo mês, como as ações se valorizaram em 10%, o aporte não pode ser igual, pois preciso buscar o equilíbrio segundo o que minha estratégia manda, então aportei R$250,00 em Renda Variável e R$750,00 em Renda Fixa, mantendo assim o equilíbrio de 50% em cada e aproveitando a “Alta” nas ações para aportar mais na Renda Fixa.

 

3º Mês - R$ 5.750,00 + R$500,00  Renda Fixa e R$ 5.750,00 + R$500,00 - Renda Variável

2º Mês - Total: R$ 6.250,00  Renda Fixa e Total: R$ 6.250,00 - Renda Variável

Como pôde-se observar, no terceiro mês, não houve variação nos meus investimentos, então eles se mantiveram equilibrados (o mesmo ocorreria caso eles se valorizassem de forma igual), então meu aporte foi igual para os dois.

Conclusão

Com uma simples análise é possível balancear de forma eficaz sua carteira. Claro que dentro da Renda Variável, podemos incluir Ações (diversos setores), Fundos Imobiliários (FII). Em Renda Fixa, podemos incluir CDB’s, Tesouro Selic, IPCA+, etc.

Parece muito simples, mas poucos o fazem. É fundamental ter uma estratégia minimamente definida, para que não seja levado por rumores de mercado. É melhor ter uma estratégia simples do que nenhuma, começa no básico que com o tempo essa complexidade tende a diminuir.